Podia ser só mais um ano de Optimus Alive, mas esse festival já não existe, agora só há o NOS Alive... Parece ridículo mas não é de todo porque se o festival do Passeio Marítimo de Algés começou por ser Oeiras Alive antes de ganhar a reputação de hoje que já ultrapassa fronteiras, depois o patrocínio da operadora móvel Optimus deu-lhe outra designação que foi como ficou conhecido, mas com a fusão da rede móvel com a Zon passou a NOS, e bem... pratos da marca Continente everywhere, pelo menos o logótipo adoptado pela marca lembra os pratos. Acontece que quando se deu essa fusão já o Optimus Alive tinha o cartaz bem composto e milhares de bilhetes vendidos, enquanto que o Optimus Primavera Sound passou logo da noite para o dia a NOS Primavera Sound (claro que este foi importado de Barcelona, e é relativamente recente e as pessoas fazem outra associação). Então o agora NOS Alive passou por uma campanha de divulgação mais cuidada e minuciosa, isto pelo impacto que tem por essa Europa fora, expliquem lá aos 15.000 estrangeiros que vieram ao festival que já não há Optimus Alive. Anyway, entrava-se no festival e era já tudo NOS, o pórtico tinha um tecto a recriar o logótipo e com uma inscrição na parede a incentivar os festivaleiros a tirarem uma selfie com o logótipo no tecto.Vamos ao que interessa, parece que sempre que vou ao Alive há algum stress, bom pelo menos na última vez, a primeira em 2010 que fui ver La Roux decorreu normalmente... já em 2011 várias bandas do palco principal viram os seus concertos cancelados deviado a uma queda de uma viga do palco... bom os cabeças-de-cartaz ainda actuaram com parte do set reduzido, os 30 Seconds To Mars, e que para além de toda aquela situação, o concerto de memorável nada teve... Se eu soubesse tinha ficado em casa. Este ano fui ao último dia do festival para ver Bastille e Foster The People. A ventania que estava ao final da tarde fazia com que a única coisa que se respirasse era o pó que pairava no ar... A variedade de gente que se vê naquele festival vai das pitas com as bordas do cu quase de fora, a gajos mascarados de vacas, bananas, patos.... sei lá vê-se tanta coisa, ouvem-se falar 1001 línguas diferentes... O cenário no palco principal tá calmo enquanto os Black Mamba atuam e chegam a ficar sem som, sem darem conta prosseguem e ficam ainda largos minutos sem se ouvirem... Chega a hora da estreia dos britânicos Bastille e está já uma multidão focada no palco NOS, o concerto começa com a banda a interpretar vários temas de "Bad Blood" deixando para o fim as melhores cartas do baralho, "Off The Night" e "Pompeii". Chega "Pompeii" e instala-se o caos para ouvir o maior êxito dos Bastille, mas nem ao refrão chegava e adeus som... As colunas de som assim ficaram até ao fim da canção, a banda tocou a música de facto mas a única coisa que se ouvia era a multidão a entoar a letra da canção, nada mais. Chega ao fim o vocalista Dan despede-se do público português e voilá... Não houve "Pompeii" para ninguém, set completamente arruinado, mais tarde a banda publicou uma mensagem sobre o sucedido no twitter. Ainda assim foi o concerto que mais me cativou também era a banda que realmente queria ver naquela noite. Lá para o meio ainda foi possível ver nos ecrãs uma miúda nos ombros de um rapaz que ao ser captada decide que era interessante para as pelo menos 30 mil pessoas que lá estavam verem as suas mamas, mas tudo bem ninguém se queixou... Chegaram os Foster The People também em estreia em palcos lusos (já viram pelo menos uma actuação cancelada em solo nacional), com dois álbuns na bagagem, os americanos são essencialmente conhecidos por uma canção "Pumped Up Kicks" e foi sabiamente guardada lá para o final, foi o momento karaoke de se esperar. Mas têm outras canções bem interessantes no reportório, a recente "Best Friend" ou "Houdini". Ambas as bandas são literalmente Pop, sendo que a primeira parece recorrer mais a sintetizadores do que a segunda, faz lembrar músicas dos anos 80 a certa altura... Mas os cabeças-de-cartaz eram os britânicos The Libertines, e apesar de serem um fenómeno no seu país, por aqui não havia muita gente interessada em assistir ao concerto da banda indie, havia espaço para dar e vender durante a actuação quase exclusiva já que apesar de terem anunciado o lançamento de um novo álbum de inéditas para o ano que vem, não estão a dar muitos concertos para além de um outro com destaque para o do Hyde Park. Fizeram a cena deles e saíram de cena, para quem esteve interessado, gostou de certeza. O palco Heineken rebentava pelas costuras para ouvir os Daughter, não vi muito do concerto, não tinha curiosidade sequer...
Para o ano quem sabe há mais!
E não é que houve direito a NOS Air Race??
Os Bastille
Foster The People
The Libertines
Não resulta, tirar fotos a mim próprio nunca vai resultar
Sem comentários:
Enviar um comentário